Verde como a brisa leve,
Azul como a chuva forte,
Na ausência do que permanece,
Mais um dia anoitece.
E no balanço do esquecimento,
A pedra dura é seu acalento,
Chão de cimento,
Lá fora só o relento.
Solidão ou ausência,
A voz de sua consciência,
Na visão dos poetas,
Já o ouviram com frequência.
Agora escuta apenas sua dor,
Sendo frio ou calor,
Nos embalos do amor,
Sua aceitação o negou.
Vermelho como o barulho,
No silêncio, o sussurro,
Espera tua hora,
Que não há de ser agora.
Pulsação daquele sol,
Na semente de girassol,
Escutou o que não diziam,
Naquela tarde vazia.
Se fez então ali,
Uma história de sua vida.
Da qual tão memorável,
Jamais será esquecida.