22 de agosto de 2012

O que dizer sobre Padres Políticos?



      Hoje em dia tornou-se comum para alguns padres candidatar-se à política, uma prática a qual eu discordo, pois se analisar-mos as escrituras, ou mesmo as leis da Igreja Católica Apostólica Romana, podemos ver que as mesmas vão contra esta prática, ao menos do meu ponto de vista, pois se um padre não pode se casar porque assumir um compromisso político? Um homem não pode governar a 2 reinos, ou pertence à luz, ou pertence as trevas, não se pode ficar em cima do muro. Para entender meu ponto de vista analisemos o porque do padre não se casar:

      A questão do celibato proibição de os padres poderem casar é um dos assuntos mais polêmicos da Igreja Católica. Já foi dito que o celibato existe porque, se o padre não constituísse uma família, seu patrimônio iria para a Igreja. Mas há o motivo espiritual. Como em algumas doutrinas do Budismo e do Hinduísmo, ele está ligado à purificação do espírito.
      Essa pureza significa a renúncia às relações sexuais, ao casamento e a possibilidades de ter filhos, para se entregar totalmente aos serviços da Igreja. Instituído pelo Concílio de Latrão em 1215, o celibato foi citado pelo apóstolo Paulo na Carta aos Coríntios: “Quem não é casado cuida das coisas de Deus, procura agradar ao Senhor. Quem é casado cuida das coisas do mundo, procura agradar à mulher”. Talvez por isso se pense que o celibato exista desde os primórdios do Catolicismo quando, na verdade, era praticado apenas por seguidores mais fanáticos.
      Mas desde os inícios do século IV, a Igreja do Ocidente por meio das decisões de vários Concílios Provinciais - como no Concílio de Elvira, na Espanha, em 306 - e dos Sumos Pontífices, incentivou, difundiu e aprovou esta prática, que, cada vez mais, foi se tornando comum, até se tornar obrigatória para todo o clero de rito latino, ao ser sancionada pelos Concílios de Latrão em 1139 e Trento de (1545 a 1563).
      Como se pode ver por este brevíssimo relato histórico, nem sempre os padres foram celibatários, e ainda hoje, nas Igrejas Orientais Católicas, os padres podem se casar. No entanto, nestas Igrejas Orientais, somente os sacerdotes celibatários são sagrados bispos, e nunca os sacerdotes podem contrair matrimônio depois da ordenação.
      Com base nestas informações, pode-se concluir também que o celibato é uma lei eclesiástica. Foi a Igreja que a estabeleceu e a Igreja a pode revogar, se algum dia o considerar conveniente.
No entanto, a lei do celibato, longe de carecer de sentido, é carregada de significação. Ao escolher seus ministros dentre os homens vocacionados ao celibato, a Igreja lhes lembra que seu estado de vida tem uma tríplice significação. Vamos, ainda resumidamente, falar sobre cada uma delas:

1º Significado Cristológico do Celibato
O padre não se casa para se identificar mais intimamente com Cristo, que também não se casou. Além disso, Jesus prometeu uma superabundante recompensa a todos quantos abandonam casa, família, mulher e filhos pelo Reino de Deus (Cf Lc 18,29-30) e até recomendou, com palavras densas de mistério e de promessas, uma consagração mais perfeita ainda ao Reino dos Céus, com a virgindade, em conseqüência de um dom especial (Cf Mt 19,11-12). O celibato do padre é assim, um sinal eloqüente do domínio do Reino de Deus sobre ele.

2º Significado Eclesiológico do Celibato
O padre não se casa para poder se dedicar, sem reservas e empecilhos, ao serviço do povo de Deus. A Igreja é a sua esposa, e como Cristo se entregou, inteiramente, por ela, assim também faz o padre, entregando-lhe tudo, inclusive seus afetos. O padre não se casa não é por falta de amor, nem por não saber amar, mas é para poder amar mais e amar a todos o tempo todo.

3º Significado Escatológico do Celibato
O padre não se casa para ser sinal profético daquela vida futura que todos esperamos alcançar. Naquela vida, diz Jesus, "os homens não terão mulheres, nem as mulheres não terão maridos, mas serão como anjos de Deus no céu" (Mt 22,30). No meio do mundo passageiro e transitório, o celibato dos padres se torna sinal daquela vida definitiva. Além disso, no meio de um mundo materialista, consumista e hedonista, o celibato dos padres se torna um grito profético que anuncia os verdadeiros valores que saciam o coração humano.
Concluindo, posso dizer que nós, celibatários por vocação, sentimo-nos as pessoas mais felizes da terra, porque nosso coração, livre de qualquer amarra, transborda de amor por Cristo e sua Igreja, nossa querida e amável esposa.

Fonte: Sagrada Escritura


     Então, logo se um padre se torna político, está deixando as coisas de Deus de lado, o que o levaria contra a sua doutrina, sendo assim a política como uma "Família" ou "Mulher", a qual ele tem que dedicar o seu tempo, pense bem.

Até o próximo.

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